O que é o sexo oral?
Artilharia Um e Adjacentes, 21 Técnico, 24
(putas de serviço nas respectivas zonas)
Foda-se! Caralho! Já não se pode ser bem educado. E a língua portuguesa está pelas ruas da amargura.
Andei hoje a perguntar preços de sexo oral ali na zona da Artilharia Um e liceu Maria Amália Vaz de Carvalho. E na Defensores de Chaves.
Parece que só conhecem o termo “beijinhos”. Olha que puta de situação! Um gajo quer ser bem educado e leva com um número destes!
Então na Volta a França é o delírio. Se os “beijinhos” são sexo oral, os ciclistas que sobem ao pódio levam com três broches de cada vez?
E se eu perguntar a uma puta quanto é o broche ela manda-me para uma ourivesaria? Só percebe “beijinhos”? Mas se me aparecer uma stripper num clube e me perguntar “posso dar-lhe um beijinho?”, sabem o que acontece se eu abrir a braguilha? Vou logo com os pigs! No “Maybe” até têm umas coisinhas de papel em cima das mesas a dizer que se infringirmos os regulamentos arriscamo-nos a uma saída rápida. Em português e inglês.
Nem pensem que eu estou a inventar. Vou começar pelo princípio.
01h da madrugada (já é dia 26, mas vocês sabem como é que isto funciona comigo. Antes de me deitar é sempre o dia anterior) - Um dos roteiros obrigatórios da noite lisboeta é na clássica Artilharia Um, onde as putas fazem fogo à vontade mesmo ao pé da casa do Jorgito. Sim, do Jorgito. Do Sampaio. Qual Sampaio? Não é o dos Bilhares Sampaio, olha que caralho! O Jorge Sampaio, o presidente de todos os portugueses. Bem, meu não é, que eu voto nulo desde 1983 e estou muito feliz com isso. Com o meu voto nunca! Não sou dos que dizem que eles são todos iguais. Isso seria impossível. Estão é a ficar cada vez mais estúpidos a cada dia que passa.
(EMBORA AÍ, CLASSE POLÍTICA, PROCESSEM-ME! SÓ UM, POR FAVOR! NECESSITO DE TODA A PUBLICIDADE. AVISO À NAVEGAÇÃO: TENHO AMIGOS DE INFÂNCIA NOS HOMICÍDIOS DA PJ, CASO SE LEMBREM DE EU TER UM ACIDENTE)
Bem, resolvo atravessar o Parque Eduardo VII, ao pé do jardim Amália Rodrigues, em frente ao super-caralho do Cutileiro, que se esporrava alegremente na noite lisboeta, a apontar o céu.
Disse-me um familiar que a noite ia ser de grande temporal, de modo que saí de casa de chapéu-de-chuva. Por acaso estava uma noite magnífica, mas um chapéu-de-chuva é maior do que uma naifa. Numa de atravessar o Parque à noite dá sempre jeito.
Mas como não sou um super-herói de poderes mágicos, se me aparecer um gandim e me meter um fogante na boca (“Olha, chupa aí um bocadinho e já agora passa para cá o telelé e outras coisas giras de que te lembres, tipo carteira, relógio e demais minudências e utilidades”) eu fico-me.
Então, lembrei-me: desliguei o telelé e meti nos boxers “Decameron” (não fui eu que escolhi a marca, deram-me, e até são confortáveis, o que é que foi, seus paneleiros e paneleiras, leitores da tanga), na zona do cu. O relógio da colecção Berardo do Tintim, que a minha prima me deu de presente de aniversário, foi para as adjacências do tomate direito. E o cartão multibanco para as adjacências do tomate esquerdo. Não fiquei lá muito confortável, mas dava para andar na boa.
Para me roubarem, tinham de me apalpar muito. E supondo que fosse uma assaltante, pelo menos teria algum prazer. No caso de ser um homem, quem sabe se não se procederia a um novo rumo na minha orientação sexual. Ou como dizia o meu amigo Marujo, quando lhe apalpavam a bilha na reinação: “Tens meia-hora para tirar daí a mão!”.
Já atravessei aquela zona do Parque, de madrugada, com o coração a bater ao ritmo da bateria de Acácio Salero, André Sousa Machado ou Cindy Blackman. Como estava imbuído de espírito de missão (se me assaltarem é pela literatura, não me posso cortar), estava estranhamente calmo. Calmo mas vigilante! Não, brincas! Parecia um camaleão a olhar para todo o lado, atento a todos os sons. E Lisboa tão linda, o céu tão suave, tão poético.
Chavais a atacar: um, para amostra. Passo ao lado do carro de um senhor de meia-idade, de boné de beisebol, a negociar com o chaval. Não chegam a acordo. Imagino que o homem pode fazer-se ao meu piso. O carro passa por mim lentamente. Ainda penso: vou fingir que também ando nisto e pedir 1000 euros. Se o homem se espantar, digo logo: é a minha primeira vez, o jornalismo está fodido, eu gosto de mulheres e além disso era a brincar.
O carro segue. Antes assim.
Na Rua D. Francisco Manuel de Melo está uma chavala portuguesa em alarido, a desabafar com o seu chulo. Não sei qual era o problema, mas ela estava chateada. Passo para a Artilharia Um. Tenho de caminhar debaixo de uns andaimes. Vejo uns pés na esquina. Gajo escondido para me fazer a folha? Preparo a carabina do coronel Clifton e avanço (o chapéu de chuva do coronel Clifton disparava uns 15 tiros, nas BDs da revista Tintim. Quem conhece, parabéns, muitas felicidades. Quanto aos putos estúpidos que só lêem Manga e Comics, vão levar na bilha, seus atrasados mentóis da pior espécie! Já basta o tempo que perdi a discutir o tema no site Centralcomics) Afinal era paneleiro. Um “arrebenta”, diz-se na gíria. Mas era um “arrebenta” com um ar infeliz.
Corto à esquerda e ouço duas putas da velha guarda a desabafar, com um ar tremendamente abatido: “Elas fazem beijinhos e é o que eles querem”. Concluo: estas não fazem broche. Só fodem. Recado ao Alvarez Rabo: estás a ver, Alfredo, afinal estas mulheres gostam de foder. Não gostam é de fazer broche. Broche é como quem diz: “beijinhos”.
A saga começou aqui, pela 1 e 10 da matina. Artilharia Um abaixo, só mais uma puta. Corto à esquerda e volto para cima.
1 e 15 - esquina ascendende do Maria Amália. Uma chavala mesmo gira conversa com uma puta da velha guarda.
“Ele era um rapazinho com um ar tão jeitoso, tive pena...”, dizia a miúda nova, que não tinha mesmo pinta de puta e é daquelas queridonas por quem um tipo se podia apaixonar. Queria ouvir a conversa, mas não dava para ficar ali a olhar para elas. Pensei: que truque vou usar para meter conversa, a ver o que dá, de forma espontânea?
Pus-me a mirar a frontaria do Maria Amália (mas antes da entrada, onde está escrito o nome), voltei para trás e disse-lhes:
— Desculpem, este é o liceu Maria Amália ou Maria Amélia?
E a chavalinha, muito solícita, muito simpática:
— É Maria Amália.
Insisto:
— E não tem outro nome?
A mais velha:
— Maria Amália Vaz de Carvalho.
— Então onde é que é o Maria Amélia?
— Em Alvalade.
Faço de conta que penso:
— É aquele ao pé da Eugénio dos Santos?
A mais nova:
— É uma transversal da Av. Roma.
— Estou bem longe. Confundi.
Dou boa-noite e sigo. Elas não meteram mais conversa. Se metessem, eu perguntava os preços, como quem não quer a coisa. Não deu, olha, não deu. Mas fico com a chavalinha bonita atravessada no cérebro.
1h30m - Subo. Um táxi dá a volta ao quarteirão. Duas putas na esquina. Portugas.
Puta 1 — Foda-se para o fogareiro, anda para aqui às voltas há que tempos!
Um gajo da stand-up comedy tem de saber aproveitar a deixa. Salto logo a terreiro para meter conversa:
— Se calhar anda a treinar para as 24 horas de Le Mans!
Puta 1 — Foda-se para o homem!
Eu (posso ser a Puta 3, se os leitores quiserem, para facilitar a leitura) – A pé também eu ando, mas gasto menos gasosa.
Puta 2 — Pois é, lá isso é verdade.
Puta 3 — Então boa-noite.
Puta 1 — Boa-noite.
Puta 2 — Tchau.
Mais umas voltas. Na rua Marquês da Subserra (grande nome para o filme “Massacre no Texas”, Vrrr,vrrr,vrrr) três putas estão sentadas no chão. Li uma vez no “Tal e Qual” que a zona estava com umas boazonas ucranianas e russas. Não dou por nada. Parece tudo português.
1h35m - Percebo que tenho de perder a timidez e perguntar preços. Vejo uma chavala com bom ar numa esquina (Av. Padre António Vieira? Não sei, por ali...) e “amando-me”:
— Boa-noite. Posso fazer uma pergunta.
Diz que sim com a cabeça.
Puta 3 — Quanto é o sexo oral?
Olha para mim como se eu tivesse dito que o Vítor Baía não dá frangos, o professor Martelo não gosta de intriga política e Portugal é um país sereno e de grande prosperidade.
Ela — “Beijinhos” ?...
Puta 3 (para os mais esquecidos, ainda sou eu) — Sim. Não sabia? Não se usa o termo aqui?
Ela (sorri) — Não. É “beijinhos”.
Tem um sotaque de mel. É uma brasileira pequenina, morena, de sorriso lindo, bem arranjada.
Puta 3 — E quanto são os “beijinhos”?
Ela — 20.
Puta 33 (ainda sou eu, mas gramava o Larry Bird, dos Celtics de Boston) — 20 euros?
Ela — Sim.
Sorrio. Muito obrigado, boa-noite. Ela sorri de volta.
1h37m — Continuo a subir. Resolvo comparar preços. Pergunto a uma pérola de ébano que está na esquina:
— Quanto é o sexo oral?
Ela: 15 euros.
Puta 99 (sou eu, em homenagem ao Wayne Gretzky, não tem nada a ver com o número do Baía, esse ganda frangueiro que levou com um sombrero do Poborsky no Euro-1996) — Muito obrigado.
Sigo.
Então, estão a ver: no espaço de um quarteirão o sexo oral diminuiu cinco euros. Relação curiosa: a rua sobe, o preço desce. Bem, a brasileira era bem mais gira, diga-se a verdade. Mas quem vê caras não vê bocas a trabalhar.
Corto à direita, já na avenida que desce paralela ao Parque, na rua onde o Lobo Antunes pôs a casa de um personagem. Creio que no “Manual dos Inquisidores”. Ou em “O esplendor de Portugal?”. Ai esta carola...
1h43m - Corto à direita no Meridien. Tem um Porsche prateado parado à porta que nem vos digo nem vos conto. Recuo dois passos, para ver o nome do modelo no cu do bichano. Olha, népias, nestum, néribi, niente. Atão isto é assim? Já não há nome do modelo no cu do animal? A tradição já não é o que era. Ó pessoal de Estugarda, vamos lá a atinar!
Um grupo de gajos a falar bem inglês (país de expressão inglesa, por certo) vem por ali abaixo, a regressar ao hotel, por certo. Três homens e uma senhora alta, trintas e tais.
Ela — Venha tomar uma bebida.
Ele — Não, obrigado.
Ela — Não quer mesmo tomar uma bebida agora?
Ele — Vamos ver como se porta amanhã.
Pistas para o leitor, fornecidas pelo idiota do Puta 22 (número do carro do Jacky Ickx que está no poster do meu quarto, um Ensign de 1976 ou 1977):
— A gaja querida foder com o chefe, para subir na carreira.
— O gajo não é chefe dela, mas ela não lhe dá pica.
— Ela dá-lhe pica, mas o gajo está armado em castigador.
— A gaja está bêbeda e o gajo não quer sarilhos.
— O gajo não quer testemunhas, deixa os colegas subirem para o quarto e depois vai telefonar para o quarto dela.
— Eu sou tarado sexual e vejo foda por tudo quanto é sítio.
(Por acaso é verdade. Eles a regressarem ao hotel, ela toda melosa, “Não quer tomar uma bebida?”. Ó Luís, tás parvo, homem, as tuas teorias estavam certas)
(Quem está aí?)
(Sou o teu heterónimo Dick Hard, Luís)
(Trata-me por Puta 22, se fazes favor)
(Vai para o caralho, estás sempre a mudar de número)
(Meu, estou a trabalhar)
(Tá bem. Manda-me um mail)
(Qual é o endereço electrónico?)
(warmhell@quentinho.Cocas.cóm.Piggy.pt)
Subo na direcção do Maria Amália. Quero ver se encontro a miúda gira a falar com a da velha guarda. Miúda gira, iooyoo? Where are you?
Foi-se. A da velha guarda está encostada à vedação do Maria Amália. Topa-me. E estranha a minha vinda por aquele lado. Um gajo que queria ir para Alvalade ainda anda por ali às voltas? Um gajo sem pinta de cliente? Quem será? Um Judite à paisana, com cara de tenrinho, para disfarçar?
Em frente ao Maria Amália, uma chavala nova está a rapar desalmadamente um panfleto de pó. Coca? Cavalo? Mistério. Mas não há dúvidas. Dedo no papelinho, dedo no nariz, dedo no papelinho, dedo no nariz. A da velha guarda topa a minha aproximação e dá um conselho à Miss Snifas:
— Não escondas.
Mas eu ouvi. A miúda assustou-se. Olhei em frente e segui. Sou muito senhor do meu nariz.
1h54m — Subo tudo até acima, para o regresso à minha zona, via Marquês da Fronteira, ao pé da penitenciária. Dou com um polícia a fazer o teste do belão ao condutor de um BMW. Tudo muito civilizado. O balão agora parece um telemóvel pequenino ou o raio que o parta.
— O senhor nem precisa de encostar a boca. Inspire e depois aguenta-se seis segundos.
— Assim? Sopro assim?
Segui. À Miss Snifas não precisa o senhor agente de ensinar a inspirar.
Marquês da Fronteira. Estou calmo. Não sinto receio nenhum. Apetece-me tirar a parafernália toda dos boxers. Mas às vezes o excesso de confiança é mau. Encosto ao quarteirão do lado esquerdo, para me afastar do Parque. Assim vejo todas as aproximações e quem quiser tem de atravessar a estrada.
Há guindastes a laborar, mas em silêncio. A noite continua friazita, mas bonita. Tenho um blusão porreiro e não tenho frio, mas sinto as teclas do Nokia encostadas à nádega direita.
(Olá, daqui é o Dick Hard. Tu és uma fraude, ó puta 22! Se ainda tens o relógio na tomateira, como é que podes dar as indicações horárias de forma tão precisa?)
(É a olhómetro, só para dar uma ideia ao leitor. Mas sei que entrei no Parque Eduardo VII à 1 da matina e saí às 2 e 35. Satisfeito?)
Junto ao Departamento de Economia da Universidade Nova retiro todo o material, começando pelo cartão multibanco. O meu pénis resistiu um bocado. Queria fazer um levantamento do caralho. Olho para o relógio. Apesar dos meus irrepreensíveis hábitos de higiene, será que ficou a cheirar ao “El Negrito”? Nada. Cheira é ao cabedal da pulseira nova. O Nokia também não cheira a cu. Ligo o Nokia.
“Não tem massagens. Dlim-Dlom”.
Faltava-me dar a volta ao Técnico, para a habitual contagem. Deu 24. Ou seja, 22 pedestres e duas auto-putas. Na paragem do 60, uma pérola de ébano gira a mala na atmosfera e diz bastante alto, tipo ordem simpática:
-— Vamos! Vamos! Vamos!
Aquilo foi de tal forma que pensei que ela estava a falar com a colega, metros abaixo. Afinal era comigo.
— Obrigado. Estou só a passear.
Sorrisos mútuos. Ficou na boa.
Regresso a casa pela Defensor de Chaves. Ainda não sei os preços na Defensor de Chaves, que conheço de ginjeira há quase 30 anos. Vou por ali fora, direcção Campo Pequeno e aproximo-me de uma puta que não ouve os meus passos (até ia a fazer bastante barulho, por acaso) e apanha um susto. Peço-lhe desculpa. Ela pede-me desculpa.
— Ai, o senhor desculpe. É que há bocado passaram dois miúdos assim com um aspecto um bocado esquisito e eu fiquei com medo.
— Eu é que peço desculpa. Já agora, deixe-me fazer-lhe uma pergunta: quanto é que é para o sexo oral?
Ai o caralho! Outra vez a expressão de ver um extraterrestre. Já começo a ficar fodido com esta cena.
— “Beijinhos”, é?
— Ai isto é conhecido por “beijinhos”?
Faz que sim com a cabeça. Está satisfeita por falar com um gajo simpático. O preço é dez euros. Pergunta-me se fumo. Digo que não. Que me safei na altura em que toda a gente começa a fumar. E que só comecei a beber aos 20. Agora, oficialmente, só posso beber tintol, por causa da úlcera.
— Eu gosto muito de tinto às refeições. E um uísque, não gosta?
— Nem por isso, embora um Jamesonzinho... era mais dos licores... sou guloso.
Boa-noite para cá, boa-noite para lá, direcção Campo Pequeno. Regresso a casa.
Chego a casa. Faço três ovos mexidos. Como uma banana com queijo. Espreito um programa na TV Galicia. Adoro ouvir o galego e adoro a Galiza. Quando a maré negra do “Prestige” bateu nas areias das Ilhas Cies (a 45 minutos de Vigo) eu chorei. E faltou-me a coragem de largar tudo e de ir dar uma pazada simbólica que fosse. Fiz um poema que entrou para um site galego, através do meu amigo Alberto Augusto Miranda.
Abro a Net. Comento dois posts do Kuentro, que já têm imagens do festival de BD. É a primeira vez em 15 anos que vejo as imagens da Net antes de ver ao vivo. Sensação estranha, como se estivesse em Nova Iorque. Ponho-me na brincadeira, para variar. A malta do Kuentro percebe as private jokes. É tudo malta conhecida.
São 6h48m. Vou ler os jornais. Não quero falhar a hidroginástica das 15h30m. É das minhas aulas favoritas. Posso chegar lá tipo zombie. Passados 45 minutos sou outra vez um homem.
(AVISO À NAVEGAÇÃO: não adianta fazerem-me esperas, porque entre a escrita do livro e a sua publicação os horários do Holmes mudaram todos e eu já alterei o meu visual. Vou ter um piercing na língua, o cabelo à escovinha pintado de ruivo, uma tatuagem no braço esquerdo — um dragão ou uma tartaruga californiana, daquelas pequeninas — sapatos de salto alto, à Bee Gees e óculos espelhados comprados na Feira da Ladra. Em resumo: prontinho para ocupar o meu lugar nas bancadas da Assembleia da República).
(O leitor sabia que já escrevi 865 parágrafos até agora? E que 865 era o meu número do 1º ano da Eugénio dos Santos? Eh! lá. Creepy! Não há coincidências. O que vale é que eu tenho alma de pássaro. Apetece-me algo. Sei lá, comer uma nazarena ou uma matrioska).
(Estou a gozar contigo, MR Pinto. Ameaça-me com um processo, como fizeste ao Pedro Magalhães Mexia. Vá lá, “eu preciso tanto, meu amô”, como diria o Paulo Silvino, no “Planeta dos Homens”).