domingo, julho 08, 2007

3 de Novembro de 2004

Falho o Villa-Matas sem culpa nenhuma

Leio no DN que o Enrique Villa-Matas vai à Casa Fernando Pessoa, ao final da tarde. Dou com o nariz na porta. Era no dia seguinte. Estou mesmo a ver que alguém publicou a notícia um dia antes do previsto.
Sigo com calma para o pavilhão do Restelo. O Belém joga basket com uns checos. Como três pastéis de Belém e bebo uma Trina de maçã. Mesmo na subida para o pavilhão está uma miúda a atacar. Já agora, pergunto o preço. São 20 horas e picos.
— Desculpe, a quanto são os beijinhos?
— Beijinho é a dez euros.
A miúda pressupõe que eu vou com ela e começa a deslocar-se para um canto escuro, dez metros acima. Esclareço que vou ao basket e que era só para saber. Não ficou muito chateada. Reparem no preciosismo técnico: ela utilizou o termo “beijinho” e não “beijinhos”, como em ocasiões anteriores dos meus inquéritos.
Adormeço a ver o jogo na bancada de Imprensa.O meu amigo Barros, do Record, acorda-me:
— Então, pá?
Fico desperto e assisto à primeira vitória do Belém na Europa, por dois emocionantes pontos. Depois vou jantar ao D. João V, com um amigo jornalista.